A melhor maneira de começar a resenha de Love O2O é dizendo que se você conhece esse dorama e o nomeia de Love "ZERO VINTE", você está fazendo isso errado.


O termo correto é O2O (ó, mesmo) refere-se a um conceito chinês que significa "online to offline", que na prática empresarial nada mais é do que a oferta de produtos ou serviços que o consumidor usa no mundo físico, mas que são comprados pela internet, ou produtos digitais que acabam gerando certo valor ($) no mundo 'real'. Esse é um termo relativamente novo, mas que está crescendo rapidamente e, talvez, por isso, você tenha dito errado, alguma vez, ou ouvido alguém falar assim. - E, para falar a verdade, mesmo eu que já sabia disso me via falando 020. Não me corrigia porque além de ser a teimosia em pessoa, a sonoridade me caía (e ainda cai) melhor ao ouvido. Mas, uma vez explicado isso, vou me corrigir a partir de agora. Prometo! - Então, vamos para o que interessa, afinal é por isso que chegou até aqui.

Gênero: Comédia Romântica
Episódios: 30
Exibição: 2016

Sinopse: Xiao Nai (Yang Yang) é um especialista em jogos que, pela habilidade no basquete, excelência acadêmica, talento na natação e por ser dono de uma empresa de jogos, é o aluno mais popular da Universidade de Qing. Quando ele cruza pela primeira vez com a beldade do departamento de Ciência da Computação, Bei Weiwei (Zheng Shuang), o jovem prodígio imediatamente se apaixona. O que mais chama a atenção dele é a destreza com a qual ela comanda a guilda dela num jogo online e a habilidade manual nos comandos durante o jogo, o que a torna inesquecível para ele. Agora, Xiao Nai deve usar as suas habilidades offline e online para capturar o coração de Weiwei, que não é só bela, mas nerd e de forte personalidade. Será que o amor deles tem XP suficiente para dar certo ou esse relacionamento nunca evoluirá?





Antes de eu expor a minha humilde opinião, preciso dizer que vou panfletar esse dorama mais por conta do Yang Yang (Xiao Nai) do que por conta da Zheng Shuang (Weiwei Bei). Isso porque, né, é o Yang Yang. Reparem bem nesse Chinês MARAVILHOSO, encorpado, de sorriso lindo, de olhar penetrante, que sem camisa é uma perdição e, além de tudo isso, ainda cantou uma OST da série... PÁRA TUDO, SENTA AQUI COMIGO E RESPIRA... fundo, bem fundo. Ui ui ui!


Pois, enfim. Eu poderia muito bem parar a resenha por aqui, que vocês já entenderiam onde quero chegar, mas vou ser legal com vocês e fazer aquilo que melhor sei: - contar que eu levei um tempo para me acostumar com a voz dela e não resolveu - digo, escrever como se não houvesse amanhã - e que Deus nos ajude para não ficar extenso!
Como puderam ver - ou se não puderam, faço questão de dizer - de um lado, temos um Deus Chinês atuando como Xiao Nai: um estudante que se destaca, basicamente, em TUDO o que se mete a fazer, seja na computação, na natação, no basquete, na educação, no senso de justiça, confiança e companheirismo, no olhar 43, na  paquera, na conquista, na pegada, no beijo - respira com pausa dramática, aqui, comigo, por favor, que esse homem é perfeito demais... okay? Okay, então, seguindo... - seja em todo o resto. - Sério, o currículo é extenso, mesmo! Acreditem.

E do outro lado temos a Weiwei.



Desculpa, mas precisava de uma pausa para absorver todas as emoções que o Yang Yang me proporciona e, também, para poder escolher bem as palavras em descrever esta pessoinha - antes que alguém dê a louca de achar que estou praticando bullying com ela.  - Nada contra, até porque se ela é saudável, é o que importa, né? Mas, que a magreza dela me preocupou mais do que me incomodou, ah, não tem como negar. - Juro!Passei mais um outro tempo da série só olhando para a ausência de gordura e excesso de tábua, achando que a atriz sofria de anorexia. Mas, muito embora ela seja uma atriz conhecida desde Meteor Shower (2009) - uma das inúmeras versões de Hana Yori Dango, que eu comentei aqui - lembrei que estamos falando da China - me coçaram os dedos para falar de seu Regime Político, mas resisti à tentação! Segue o raciocínio seguinte.
Não é uma coincidência…
Eu estou esperando por você”

Weiwei é uma estudante no curso de Ciência da Computação e o máximo que vi ela fazer foi hackear um computador, consertar o próprio notebook, jogar, criar um programinha para trabalhar por ela - okay, isso foi bem interessante e, inclusive, quero - e admirar o namorado fodão - coisa que se desse dinheiro, eu já estaria bilionária, diga-se de passagem, porque admirei e não foi pouco. - Mas, tudo bem, porque ela era segura de si e tinha uma personalidade forte, sem se deixar abater por quase nada, a menos se fosse com o que, ou quem, ela realmente se importava. Fugiu do clichê "mocinha indefesa", embora todo mundo tenha resolvido cagar contra ela em algum momento da história.
Os dois se conhecem pelo jogo e acabam se casando nele para participar de um torneio de casais entre os servidores. Até que um dia, Xiao Nai decide que é hora de se encontrar pessoalmente com Weiwei Bei.

“Contanto que ela esteja disposta a ficar comigo, eu não me importo com nada mais.”
E, francamente, aqui entra o meu maior elogio à série: Mesmo tendo friendzones no pé o tempo todo, a confiança que um tinha no outro, sem se deixar levar por comentários de terceiros é o ponto alto do romance. E isso porque nem me importo com séries clichês! Mas, é legal quando algo sai do curso que você já está acostumado, porque se bem feito, te conquista legal e se torna um diferencial. Outro ponto muito, mas muito mesmo, relevante é o fato de agirem, mais ele que ela, como se não devessem nada para ninguém. É o famoso "foda-se o que vão pensar, o que importa é o aqui, o agora, o eu e o você". - Deus, trazei para vida real, multiplicai e exportai! Amém.
Outro ponto positivo é o fato de a história ter sido escrita de maneira divertida e fluída.


Os dois vivem tirando uma com a cara do outro e não rola aquele vitimismo de quem se ofende por qualquer coisa. Pelo contrário, a relação dos dois vai amadurecendo aos poucos - e com muita determinação do Xiao Nai em resistir aos "encantos" da Weiwei (que sinceramente, rolou ali uns exagerinhos, mas a gente releva) - e ambos vão se sentindo mais a vontade para dizerem o que pensam e fazerem brincadeiras mais... provocantes.
“Eu sou um homem casado agora, não posso conhecer outras garotas por aí.”
Um forte ponto são as cenas entre os dois. São fofas, românticas, representam aquele tipo de "par perfeito" que a gente sabe que não existe, mas quer, mesmo assim, e faz das suas escolhas na vida real, mais seletivas, te deixando a espera do Oppa de dorama que nem mesmo o país deles acredita que tem... Então. O fato é que ambos são bem decididos e certos do que querem um do outro e para si. AMEI ISSO!
“- As pessoas vão pensar que nós s2 (coração com as mãos).
- E quando foi que não estivemos?”
Okay, mas aí me deparo com um contraponto de tudo aquilo que eu falei até aqui: Os dois são tão bons no que fazem, tão seguros de si, tão confiantes, que mesmo assistindo pela 3x a série, não me desfiz da impressão deles serem até um pouco arrogantes, às vezes. - Quem assistiu "Bones", deve entender o que acabei de falar. - Tudo bem, perfeitos um para o outro, mas um pouco desnecessário, beirando até uma falta de educação. - Ou quase, mas é por aí...


Outro contraponto que me deixou encucada - além da cena da chuva, seguida de uma corridinha sem guarda-chuva e finalizando em bundinhas sentadas na grama seca (oi??? É isso mesmo, produção?) - foi a Weiwei em si. Para quem se achava tanto para algumas coisas, era bem humilde para outras. Okay, nem toda personalidade é fácil de se entender, mas quem acompanha minhas resenhas sabe que gosto de mergulhar no personagem e desvendar seus mistérios, mas este me deixou com um nó cego que me incomoda um pouco, mas devido a minha luta constante em não prestar muita atenção na atriz, e sim na personagem, achei melhor seguir com a série.


Porém, não consegui deixar isso totalmente de lado, e eis que me vi comparando o casal dentro e fora de jogo online. Que eles eram fofos e protegiam um ao outro, não há a menor dúvida, mas foquei minha atenção nas atuações deles no jogo e não entendi por que, quando eram personagens do RPG, atuavam TÃO BEM e quando estavam na vida real, eram mais arredios, quase robóticos (com muito custo não chegaram a ser totalmente). Talvez por que no jogo eles estavam entre os 10 melhores jogadores do servidor? Pode ser. Mas, isso justificava uma certa soberba e, portanto, uma atuação mais fluída? Talvez sim, talvez não, não sei. 

O fato é que a história é gostosa e esses detalhes chegam até a passar desapercebidos, exceto se você insistir em comparar, como eu fiz, a atuação dela, principalmente, enquanto luta e dela, enquanto beija. Aí a coisa fica triste e decepcionante. Porque, poxa, tem um Yang Yang maravilhoso na sua frente, que te prensa na parede, te lasca um beijo cheio de saudade, de vontade, de tesão, de despreocupação com a persiana aberta, e você responde à pegada de olhos abertos e sem mexer os lábios, deixando ele, LITERALMENTE, fazer o trabalho sozinho. Sério? Sério mesmo? Cadê a toda poderosa Luwei Weiwei (personagem do jogo) que basicamente chega e diz "Deixa eu matar o monstro, porque sou foda"? Cadê? É brochante! E esse é um comentário unânime dentre os dorameiros que se deliciaram com esta história. Não tem como não reclamar disso! É fato incontestável, ponto.


Felizmente, para te tirar deste foco, um segundo casal começa a se formar entre a melhor amiga da WeiWei e o Nerd do departamento de Comunicação. Mas, o difícil é aguentar a menina: completamente dependente da Weiwei, insegura, mimimizenta e que passou o dorama todo, praticamente, gritando. E, para finalizar, um terceiro (casal?) que, devo dizer, ainda é um ponto de interrogação para mim, mas julgo dizer que ficou só na amizade de confiança, afinidade, necessidade, mesmo, depois de descobertas interessantes e curiosas a respeito dos dois.

“- Vocês não entendem, ele entrou na minha frente e me tirou do acidente. Era eu quem deveria estar ali, mas pra ele a minha vida era mais importante. Como alguém pode pensar que a minha humilde vida é mais importante do que a dele? Esse é o tanto que ele nos considera e por isso eu irei estar com ele pela vida inteira. “

E, o que falar dos outros amigos do Xiao Nai? Bem, são também nerds do Departamento de Ciências da Computação e sócios-funcionários da empresa de jogos recém-criada pelo mais popular aluno da escola, mas também grandes amigos e companheiros para a vida toda. Juntos, enfrentam situações de boicote empresarial, desafios de tempo e invasões hackers, bem interessante para quem curte uma história com um teor um pouco mais técnico.
Por fim, e não menos importante, o jogo onde Xiao Nai e Weiwei Bei são, depois de casados, o melhor casal do servidor, existe de verdade. Chama-se "A Chinese Ghost Story", é chinês e online, e tem isso aqui >>> 新 倩女幽魂 <<< em seu título nativo.


~ ♥ ~

CURIOSIDADE EXTRA
Recentemente, em 2019, foi lançado o Filme Love O2O, que basicamente é um resumo da história, tirando e mesclando personagens e fazendo uma leve adaptação em partes específicas da original. Sinceramente, achei que enxugaram uma história de 30 episódios de 45 minutos cada, em um filme de 1h50, onde o dinamismo é tão rápido que me deixou em dúvida de, se quem não assistiu ao dorama, conseguiria entender o contexto da história toda?! Absorvi muita informação e depois que percebi que, ainda, unificaram dois personagens em um. Dois do original que não tinham nada a ver um com o outro. Estranhei muito isso!


O gráfico é ESTUPIDAMENTE MELHOR ao retratar o jogo, mas bem fora da realidade dele, ainda que muito tenha mudado de 2016 para cá. Até acho que o "minimalismo" adotado no dorama foi proposital, justamente para se aproximar da experiência online que o jogo RPG passa. Mas, de todo modo, o filme não deixou de me impressionar nesse ponto. 
Outro que, também, merece destaque, poxa, é o beijo. Essa Weiwei, sim, soube aproveitar a puxada e pegada do Xiao Nai. - Oremos!

Então, resumindo, no mesmo modo dinâmico do filme... 
Vale a pena assistir? Sim, os dois. Mas, de preferência o filme depois da série.
Por quê? Achei muito corrida a história, e me passou a impressão de que se eu não tivesse visto a série, não entenderia muito o filme. Não é continuação, é literalmente um resumo/adaptação da mesma história.
A atriz é menos forçada (na robotização e caricatura) que a WeiWei original? Sim.
Eu fico preocupada com ela sendo raquítica? Não.
A voz dela me incomoda como na original? Não.
Ela é menos caricata? Depende do ponto de vista.
Mas, sabe aproveitar melhor o beijo? COM TODA CERTEZA.
O ator é um Yang Yang da vida? Não.
Mas dá pro gasto? DÁ E SOBRA. (Eu, particularmente, gostei e até achei parecido em alguns ângulos, sabe?)
Ele é tão foda como o Xiao Nai original? Não.
Tá passos profundos atrás no quesito perspicácia, inteligência e malícia, mas dá pra levar.
Crítica pessoal: o Xiao Nai original era montado na grana, ou pelo menos, dava a entender que era, mesmo sendo filho de dois professores - AHAN, QUE ISSO É MUITO POSSÍVEL, NÉ? SQN. Já o do filme segue a vibe modernabda classe média da China Comunista. O cara nem carro tem e ainda se deixou abater... meio, cadê a personalidade do Xiao Nai do Yang Yang, aqui?Já a da Weiwei, WOW! Isso sim que é personalidade... Curti muito a pitada extra que deram a ela no filme!
Tem cenas iguais? SIM e MUITAS. 
Tem cenas bem diferentes? Sim. Como toda adaptação, essa tem algumas cenas bem diferentes das do originebas, que me cativou, mas não a ponto de empolgaaaaaaaar e dizer, NOSSA, QUE FODA!
Mas é fofo? Sim.
É bom? Também.
Recomendo? Sim, mas na ordem que eu disse, porque o filme ficou tão corrido que quando vi, já acabei.

Igual, aqui. Achei que contaria spoiler, mas acabei nem falando da história em si, o que é legal, porque geralmente quando isso acontece, eu alcanço meu objetivo de fomentar em vocês, a vontade em assistir. Então, para aguçar mais um pouquinho, aqui os links de...

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  Série                                                  Filme
               • Netflix • VikiTheir Doramas •                         • Netflix •
~Rackys